A crise da bolha imobiliária aconteceu em meados da década de 2000 durante o governo de George W. Bush e se estendeu até a crise financeira de 2008. Nesse período, houve um crescimento insustentável no mercado imobiliário, com o preço das casas subindo de forma exorbitante em todo o mundo, incluindo Portugal. A bolha imobiliária ocorreu por causa da especulação no mercado, onde investidores compravam imóveis para revender com lucro, gerando uma corrida imobiliária que impulsionou os preços.

No entanto, esse aumento do valor do mercado imobiliário não teve base na realidade econômica. A oferta de casas era maior do que a demanda, o que é um sinal de que a bolha estava prestes a estourar, mas a especulação se manteve. O financiamento fácil para a compra de imóveis, a baixa taxa de juros e a flexibilidade nas hipotecas incentivaram a compra de casas, aumentando ainda mais os preços.

Portugal também vivenciou um boom no mercado imobiliário. Muitos imóveis, especialmente nas grandes cidades, foram vendidos a preços extremamente elevados. No entanto, a crise financeira chegou, deixando muitas pessoas em situação complicada. A inadimplência cresceu, já que as pessoas não conseguiam pagar tamanhos valores das hipotecas e, então, começaram a acontecer os despejos. A bolha imobiliária estourou, e o mercado passou a sentir a enorme queda nos preços dos imóveis.

Os efeitos da crise da bolha imobiliária foram sentidos em todo o mundo, afetando praticamente todos os setores da economia. Os bancos que forneceram hipotecas fáceis e creditaram investidores que compravam imóveis em excesso, logo entraram em dificuldades financeiras, desencadeando uma crise financeira generalizada. Os desempregos aumentaram, assim como a inflação, que começou a subir devido ao aumento do desemprego e à queda na demanda por bens e serviços. Portugal também sofreu impactos econômicos significativos.

Além disso, a crise da bolha imobiliária levou a uma crise de confiança no mercado financeiro e nos bancos. A bolha imobiliária expôs a ganância e a irresponsabilidade dos investidores e bancos que colocavam seus lucros acima de tudo, sem se preocupar com os riscos envolvidos. A crise também levou a mudanças regulatórias no setor bancário e imobiliário, a fim de evitar futuras crises.

Em geral, a crise da bolha imobiliária foi um evento catastrófico na história econômica recente. Portugal, assim como vários países, enfrentou desafios econômicos significativos decorrentes da crise. A crise imobiliária, seguida pela crise financeira, levou a uma recessão econômica prolongada, com impactos de longa duração. Esses eventos são um lembrete de como uma economia saudável deve ser baseada em uma base sólida e realista e não em especulações e investimentos de risco.